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Ilha de marajó pode ganhar centro de estudos sobre bubalinocultura

Na Ilha de Marajó, no município de Soure, a rotina de crianças em áreas alagadas chama a atenção. Longe de celulares e videogames, elas se divertem nadando com búfalos, transformando o aprendizado do adestramento em momentos de lazer em meio ao calor intenso da região.

© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Na Ilha de Marajó, no município de Soure, a rotina de crianças em áreas alagadas chama a atenção. Longe de celulares e videogames, elas se divertem nadando com búfalos, transformando o aprendizado do adestramento em momentos de lazer em meio ao calor intenso da região.

O búfalo, símbolo máximo de Marajó, marca presença em cada canto. A ilha abriga o maior rebanho do país, com estimativas entre 650 mil e 800 mil animais, concentrados principalmente nos municípios de Soure, Chaves e Cachoeira do Arari. Estátuas nas ruas, utilização para transporte e policiamento, e a gastronomia local, com o famoso filé mignon com queijo marajoara, são provas da importância do animal na cultura local.

A relevância do búfalo na região inspirou a família proprietária da Fazenda e Empório Mironga a planejar a criação do primeiro Centro de Estudos da Bubalinocultura do país, uma “universidade do búfalo”. Apesar de ainda não haver previsão para o início do projeto, a iniciativa visa aprofundar pesquisas sobre genética, manejo e aproveitamento integral do animal.

“Nós precisamos de gente para estudar melhor o búfalo: melhoramento genético, como agregar valor no leite, no couro, na carne, manejo, questão sanitária. Precisamos estudar e divulgar”, afirma o fazendeiro Carlos Augusto Gouvêa, conhecido como Tonga. Ele ressalta que o centro envolveria diversas áreas do conhecimento, não se limitando a veterinários, agrônomos, zootecnistas e biólogos, mas também incluindo tecnólogos de alimentos, turismo e medicina.

Enquanto o projeto não se concretiza, a família Gouvêa mantém a “Vivência Mironga”, um turismo pedagógico que desde 2017 oferece aos visitantes a oportunidade de conhecer o dia a dia da fazenda, a produção artesanal de queijo de leite de búfala e as práticas agroecológicas adotadas.

A produção de queijo do Marajó, com origem secular e técnicas transmitidas de geração em geração, é um pilar da economia local. A luta pela legalização dessa produção envolveu ativamente a família Gouvêa, que contribuiu para a criação de uma legislação sanitária específica para o queijo artesanal.

A queijaria da Mironga foi a primeira a obter inspeção oficial em 2013, e anos depois, o produto recebeu a Indicação Geográfica do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no processo de diagnóstico, legalização e organização coletiva.

Além da produção queijeira, a culinária regional ganha destaque no Café Dona Bila, em Soure. Lana Correia, empreendedora, uniu a culinária nordestina aos ingredientes típicos do Pará, como o queijo marajoara e a carne de búfalo.

De olho na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém, Lana criou novos pratos com ingredientes locais: o Cuscuz de Murrá, com filé de búfalo, e o Cuscuz Praia do Amor, com camarão regional e queijo do Marajó.

Apesar da importância cultural e econômica do búfalo, a produção e consumo de seus derivados enfrentam desafios ambientais. A pecuária é apontada como a segunda maior emissora de gases do efeito estufa no país, com os bovinos (incluindo o búfalo) liberando grande quantidade de metano durante a digestão. O futuro Centro de Estudos da Bubalinocultura poderá ser crucial para encontrar soluções para esse problema.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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