A Caixa Econômica Federal planeja financiar a construção de 80 mil novas moradias até 2026, impulsionada por uma nova política habitacional do governo federal. O anúncio foi feito em São Paulo pelo ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, antecipando o lançamento oficial da iniciativa pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A nova política governamental propõe uma reforma estrutural no uso da poupança, visando impulsionar o crédito habitacional. A modernização das regras de direcionamento do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) busca tornar o uso da poupança mais eficiente e, consequentemente, ampliar a oferta de crédito imobiliário.
O ministro das Cidades, durante o evento Incorpora 2025, destacou a expectativa de que a Caixa Econômica Federal lidere esse aumento nos financiamentos. O evento reuniu autoridades, CEOs de grandes incorporadoras, representantes de instituições financeiras e especialistas do setor imobiliário para discutir os desafios e oportunidades no Brasil.
Embora os detalhes do novo modelo de crédito imobiliário não tenham sido totalmente revelados para não “furar o anúncio” presidencial, o ministro indicou que a medida foi fruto de um trabalho conjunto entre o Ministério das Cidades, a Caixa Econômica Federal, o Ministério da Fazenda e o Banco Central. O governo federal demonstra preocupação em oferecer alternativas de financiamento para a classe média, especialmente famílias com renda mensal entre R$ 12 mil e R$ 20 mil.
O ministro ressaltou a carência de financiamento imobiliário para essa parcela da população, que antes da criação do programa Minha Casa, Minha Vida, enfrentava ainda maiores dificuldades. O objetivo das alterações anunciadas é ampliar o acesso ao financiamento, permitindo que mais famílias realizem o sonho da casa própria, independentemente de sua classe social.
O presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França, expressou otimismo em relação ao novo modelo governamental, prevendo um impulso significativo para o setor. Ele enfatizou a importância da iniciativa para atrair mais recursos ao mercado, especialmente em um momento de redução dos volumes da carteira de poupança.
O ministro também informou que o governo está avaliando ajustes nas três primeiras faixas do programa Minha Casa Minha Vida, incluindo a possibilidade de revisão do teto dos imóveis e da renda. Essas discussões estão sendo conduzidas em conjunto com a Abrainc e a equipe técnica do Ministério das Cidades.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

