A Justiça Eleitoral de Minas Gerais acolheu, nesta sexta-feira (25), uma denúncia apresentada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE-MG) contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e outros três integrantes do partido. Caso sejam condenados, os envolvidos poderão ter seus mandatos cassados e ficar inelegíveis por até oito anos.
Além de Nikolas, foram denunciados os deputados estaduais Bruno Engler e Delegada Sheila, além de Cláudia Araújo Romualdo, presidente do PL-Mulher em Minas e ex-candidata a vice-prefeita de Belo Horizonte. Segundo o MPE, o grupo teria usado redes sociais para divulgar informações falsas contra Fuad Noman (PSD), que disputava a reeleição na capital mineira em 2024.
As publicações distorciam trechos do livro “Cobiça”, de autoria de Fuad, para associá-lo indevidamente a conteúdos impróprios para crianças, supostamente relacionados a um festival de quadrinhos promovido pela prefeitura. O Ministério Público classificou a conduta como difamatória, afirmando que os parlamentares usaram ficção literária para atacar a imagem do então candidato.
Fuad venceu o pleito, mas faleceu em março deste ano devido a um câncer. O juiz Marcos Antônio da Silva, da 29ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte, concedeu 10 dias para que os acusados apresentem defesa.
Nikolas se pronunciou sobre a denúncia nas redes sociais, alegando perseguição política. Segundo o MP, o deputado ainda descumpriu uma ordem judicial emitida em outubro de 2024 para retirar o conteúdo das redes, tendo inclusive feito novas postagens com as mesmas acusações.