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“Adultização”: o vídeo de Felca que expôs a sexualização de menores e gerou repercussão nacional

São Paulo, 14 de agosto de 2025 – O influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, causou comoção nas redes sociais e no cenário político

1. Denúncia e conteúdo do vídeo

No material publicado quarta-feira (6), Felca abordou diversas facetas do fenômeno da adultização — crianças e adolescentes assumindo papéis ou assumindo comportamentos de adultos, muitas vezes impulsionados por influenciadores ou pais em busca de engajamento e monetização.

Entre os casos expostos:

  • A explosão social de “coach mirins”, crianças que comentam finanças, investimentos ou produtividade, às vezes em contextos de trabalho infantil;
  • Influenciadores organizando “reality shows” envolvendo menores em situações sensuais ou beijos, com dinâmicas de festa, ostentação, bebidas e até procedimentos estéticos — tudo com conotação adulta;
  • Exemplos chocantes de exploração por familiares ou criadores de conteúdo, com vendas de imagens sugestivas e comentários de pedófilos em grupos privados;
  • Uma psicóloga entrevistada por Felca alertou para os efeitos psicológicos devastadores dessa exposição precoce: traumas, baixa autoestima, insegurança afetiva e distúrbios de formação pessoal.

Felca também demonstrou como os algoritmos das redes sociais aceleram esse tipo de conteúdo, transformando visualizações iniciais em um feed repleto de material similar, eventualmente acessado por adultos com intenções criminosas.


2. Caso Hytalo Santos: denúncias, investigações e consequências legais

O vídeo de Felca tem como um dos alvos principais o influenciador paraibano Hytalo Santos, que já era investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) desde 2024 por suposta exposição inadequada de menores.

Após a repercussão do vídeo:

  • A conta de Hytalo no Instagram foi desativada em 8 de agosto ;
  • A Justiça da Paraíba determinou a suspensão de seus perfis nas redes sociais, proibiu seu contato com menores e interrompeu suas formas de monetização;
  • O MPPB está investigando também a possível omissão dos pais dos adolescentes envolvidos, ouvindo depoimentos para apurar se houve negligência ou cumplicidade;
  • A promotoria analisa se os conteúdos violam o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ainda que o termo “adultização” não seja crime específico; o ECA, porém, garante a proteção contra qualquer forma de negligência ou exploração.

3. Repercussão social e mobilização política

O impacto ultrapassou o universo digital. O vídeo viralizou, com estimativas entre 28 e 30 milhões de visualizações em poucos dias.

A comoção gerou mobilização política:

  • O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que pautaria projetos sobre proteção a crianças e adolescentes na internet;
  • Uma comissão geral será instalada em 20 de agosto no Congresso para debater a sexualização de menores nas redes sociais;
  • Deputados já encaminharam propostas como a chamada “Lei Felca”, com penalidades mais rigorosas para conteúdos que explorem crianças, responsabilizando também plataformas digitais.

Entre as celebridades que manifestaram apoio estão Glória Perez, Claudia Leitte, Gizelly Bicalho e Felipe Neto, que destacou: “ATENÇÃO! O vídeo do Felca precisa ser assistido por todos. É a denúncia de uma nojeira infinita.”


4. Segurança, ameaças e consequências para Felca

Felca revelou que, após abordar tanto casas de apostas (“bets”) quanto a adultização infantil, passou a receber ameaças sérias:

“A questão das bets, muitas ameaças. A da adultização existem muitas ameaças de processo. Provavelmente […] vai existir alguns processos.”

Ele passou a se deslocar com carro blindado e escolta de segurança particular. Além disso, anunciou que move processos contra 233 perfis no X (antigo Twitter) por difamação relacionada à pedofilia.


5. Contexto e relevância do tema da adultização

Segundo definição recente, adultização refere-se à exposição precoce de crianças e adolescentes a comportamentos e responsabilidades do mundo adulto, sem que tenham maturidade física, emocional ou cognitiva para lidar com eles.

No Brasil, esse fenômeno é intensificado pela hipersexualização em redes sociais e está diretamente relacionado a violação de direitos garantidos pelo ECA.

Felca trouxe o debate à tona em 2025 com um vídeo que não apenas denunciou casos preocupantes, mas também mostrou os mecanismos algorítmicos e financeiros que promovem tais exposições — causando impacto real: suspensão de perfis, investigações em curso e reações institucionais.


Resumo

TemaDescrição
Fato geradorVídeo “adultização” publicado em 6 de agosto por Felca denunciando exploração sexual e hipersexualização de menores na internet.
Casos denunciadosHytalo Santos (investigado, perfil suspenso), “coach mirins”, exploração por familiares, algoritmos que amplificam conteúdo sensível.
RepercussãoVídeo viral com 28–30 milhões de views; apoio público de famosos; mobilização no Congresso e projetos de lei em andamento.
Medidas legaisInvestigação do MPPB, suspensão de perfis, proibição de contato com menores, apuração de omissão parental e ação parlamentar.
Impacto pessoal em FelcaAmeaças recebidas, uso de segurança e carro blindado, processos contra perfis difamadores.

A cobertura jornalística sobre o tema da adultização infantil ganha força com este caso emblemático. A convergência entre mobilização social, ações judiciais e iniciativas legislativas aponta que a discussão está avançando para políticas concretas de proteção das crianças e adolescentes — e isso pode representar um marco no enfrentamento da exploração infantil no ambiente digital.


Com informações de: CNN Brasil, Gazeta do Povo, Wikipédia, Agência Brasil

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