Título: Marina Silva Afirma: Sem Intervenção Política em Decisão sobre Foz do Amazonas
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A Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, refutou veementemente qualquer sugestão de que tenha exercido influência política no processo de licenciamento ambiental para a exploração de petróleo na foz do rio Amazonas. A declaração da ministra surge em meio a debates acalorados sobre a decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em relação à questão.
A ministra enfatizou que o processo de licenciamento segue rigorosos critérios técnicos e científicos, garantindo a avaliação detalhada dos impactos ambientais e a aplicação das medidas mitigatórias necessárias. Ela assegurou que a decisão final do Ibama é baseada exclusivamente em evidências e análises técnicas, isenta de qualquer pressão ou direcionamento político.
Em sua manifestação, a ministra reconheceu a complexidade da questão e a necessidade de equilibrar os interesses econômicos com a proteção do meio ambiente. Ela reiterou o compromisso do governo com a sustentabilidade e a busca por soluções que permitam o desenvolvimento econômico sem comprometer a integridade dos ecossistemas.
Apesar de defender a integridade do processo decisório, Marina Silva admitiu a existência de uma contradição inerente à postura do Brasil, que se prepara para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30) e, simultaneamente, considera a liberação de atividades de pesquisa de petróleo em uma área ambientalmente sensível. A ministra sublinhou a importância de enfrentar essa contradição de forma transparente e responsável, buscando soluções inovadoras que permitam conciliar os objetivos de desenvolvimento com a proteção do clima e da biodiversidade.
O debate em torno da exploração de petróleo na foz do Amazonas reacende a discussão sobre o papel do Brasil na transição energética global e a necessidade de definir um modelo de desenvolvimento que seja compatível com os compromissos climáticos assumidos pelo país. A ministra defendeu a importância de um diálogo amplo e construtivo entre os diferentes setores da sociedade para construir um futuro mais sustentável e resiliente.
Fonte: www.gazetadopovo.com.br

